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PIZZA E VINHO: Claudia G. Oliveira no AT Revista do Jornal a Tribuna de Santos/SP
Confira minhas indicações de vinhos, na matéria "Pizza, Paixão Nacional" do Stevens Standke, para o AT Revista. Gastronomia - POR STEVENS STANDKE - stevens@atribuna.com.br - 24 ATREVISTA - 26/JUL/15
ENONEWS 26-07-2015


Paixão Nacional


É duro resistir a uma pizza, ainda mais no inverno. Confira a história desse alimento, além de dicas de harmonização e sabores inusitados. Saiba também como deixar sua redonda mais saudável. 


É fato: a pizza faz parte da vida do brasileiro o ano inteiro. Seja para comemorar uma data especial, receber visitas ou simplesmente garantir um jantar gostoso. E, quando saboreada no inverno, ela tem um apelo ainda maior, pois vamos combinar: um pedaço quentinho de qualquer redonda é capaz de mandar o frio da estação para bem longe.

Mas nem por isso você precisa se indispor com a balança.

A nutricionista Tatiana Pimentel derruba a ideia de que a pizza é uma caloria vazia e diz que, mesmo em sua versão mais básica, é fonte de carboidrato (massa) e de proteína (queijo, apesar de ele não ser a melhor opção quando comparado à carne bovina, ao frango e ao peixe).

Ou seja, nutrientes essenciais para o funcionamento do organismo.

O grande perigo está justamente no teor de gordura da redonda, porque, dependendo dos ingredientes usados, ela pode se tornar uma bomba calórica. "É bom tomar cuidado com a quantidade de gordura da receita para não zerar os seus benefícios à saúde e ainda ganhar peso. As pizzas, por exemplo, de quatro queijos e de champignon com molho rosé são calóricas demais. O ideal é comer pizza apenas uma vez por semana, no máximo dois pedaços, para não se ter efeitos indesejados. E, de preferência, sabores menos calóricos, como Margherita".

Tatiana acrescenta que sempre vale a pena tentar deixar a pizza mais funcional, ao incluir em sua composição ingredientes como legumes e verduras, que são fontes de minerais e vitaminas, e queijos mais leves, como muçarela de búfala e ricota. Desse modo, uma boa alternativa é o mix de rúcula, tomate seco e muçarela de búfala.

Ou a receita à base de atum, que é rico em ômega-3 e oferece proteína de qualidade melhor do que a muçarela. "Essa pizza, como ainda não tem queijo, é muito saudável.

Devemos lembrar que os queijos mais calóricos são os amarelos, principalmente o catupiri, o gorgonzola e o parmesão".


É duro resistir a uma pizza, ainda mais no inverno. Confira a história desse alimento, além de dicas de harmonização e sabores inusitados

Outra tática interessante, na opinião de Tatiana, é substituir a massa tradicional pela integral, que, por ser rica em fibras, ajuda a aperfeiçoar o funcionamento do intestino. Algumas pizzarias também contam com a biomassa de banana-verde. Menos calórica, ela é uma boa fonte de fibras e se mostra ótima para os diabéticos, "pois, como é de baixo índice glicêmico, favorece o controle da doença".

Quer turbinar ainda mais a sua redonda? Então, confira a seguir os benefícios de alguns ingredientes, para que a sua escolha seja cada vez mais consciente, assertiva e nem por isso menos apetitosa.

› Tomate: contém licopeno, antioxidante que auxilia na prevenção e no combate do câncer de próstata.

› Orégano: é umantifúngico natural.

› Manjericão: ativa o sistema imunológico, melhora o cansaço e a enxaqueca.

› Rúcula e brócolis: são ricos em antioxidantes considerados fundamentais para a redução dos efeitos dos radicais livres no corpo.

Estudos indicam que, como também contêm fitoquímicos, flavonoides e as vitaminas A, C e K, fortalecem o sistema imunológico como um todo e protegem contra os cânceres de pele, de pulmão e bucal.

› Atum: fonte de ômega-3, possui potencial anti-inflamatório e melhora a memória.

› Abobrinha: tem fibras que ajudam a evitar que toxinas cancerígenas se estabeleçam no cólon.

Além disso, as vitaminas A e C, bem como o ácido fólico encontrado nesse legume, atuam como poderosos antioxidantes que combatem o estresse oxidativo que pode levar a diferentes tipos de câncer.

› Cebola: é boa fonte de flavonoides, elementos com propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes.

Ainda é rica em ferro, cálcio, potássio, fósforo, magnésio, sódio, silício e nas vitaminas A, B1, B2, B3 e C.



VINHO AMIGO


Você já parou para pensar qual é a bebida que combina melhor com um belo pedaço de pizza?

Embora grande parte da população tenha o hábito de pedir cerveja junto com a redonda, Cláudia Elaine Garcia de Oliveira, sommelière e colunista do Boa Mesa, caderno de gastronomia publicado às sextas em A Tribuna, afirma que o vinho é o acompanhamento ideal para uma pizza. "Na Itália, todo mundo toma vinho junto", observa a especialista. Sem falar que essa bebida tem tudo a ver com o inverno!

Cláudia explica que quem não quer errar na hora de harmonizar o vinho com a redonda deve recorrer a tintos mais frutados e leves, que tenham boa acidez e sejam jovens (produzidos de 2012 para cá), porque eles costumam ir bem com qualquer pizza. Seguindo essa linha de raciocínio, ela indica alguns curingas: o Chianti simples, feito na Toscana, Itália, com a uva sangiovese; o Rosso di Montalcino, preparado na mesma região italiana, também à base de sangiovese; rótulos espanhóis de uva tempranillo, principalmente os fabricados em Rioja; vinhos argentinos de malbec, que "caíram demais no gosto do santista", e rótulos de pinot noir em geral.

A sommelière complementa: "Como os vinhos europeus andam bastante caros, nada impede a pessoa de provar um que seja originário do Cone Sul e que use as uvas sangiovese e tempranillo, para não gastar tanto. Outra combinação bacana é comer pizza com um espumante rosé. Essa harmonização divide opiniões, mas também é válida para qualquer sabor".

Já quem deseja abrir um pouco mais o leque tem como opção consumir as redondas de Margherita, quatro queijos e as que são mais cremosas (aquelas que levam catupiri ou molhos como o branco) junto com uma taça de vinho branco. "Aí, pode ser um rótulo de chardonnay, de sauvignon blanc, como o francês Pouilly-Fumé, ou mesmo um vinho verde branco de Portugal", completa
Cláudia.



1. Escondidinho: feita com carne-seca, cebola, purê de batata e gratinada com parmesão e catupiri. R$ 47 a pequena e R$ 74 a grande. Cantina Babbo Américo: Av. Ana Costa, 404, Gonzaga, Santos, tels. 3284-5100/5999.

2. Brócolis: além do legume, a redonda ainda leva molho branco, bacon, muçarela  parmesão. R$ 24,90. Liliana Pasta & Pizza: nos shoppings Pátio Iporanga Av. Ana Costa, 465, loja 412, Gonzaga, Santos, tel. 3301-2007), Praiamar Rua Alexandre Martins, 80, loja 227A, Aparecida, Santos, tel. 3227-5719) e risamar (Rua Frei Gaspar, 365, loja 405, Centro, São Vicente, tel. 3371-1089).

3. Fonduta: o famoso creme de queijo é o ingrediente principal desta redonda, ue também conta com muçarela, alho-poró, tomate, orégano e manjericão. $ 45 a pequena e R$ 85 a grande. Piccola Forneria: na Av. Almirante ochrane, 62, Aparecida, Santos, tels. 3271-1200 e 3273-6699, e na ua Minas Gerais, 57, Boqueirão, Santos, tels. 3233-3357 e 3222-6034.

4. Bacalhau: o peixe é preparado às natas, puxado na cebola. ara completar, muçarela, ovos, azeitonas pretas e azeite. udo gratinado, mais borda premium (coberta por armesão). R$ 88. Van Gogh: Av. Marechal Floriano eixoto, 314, José Menino, Santos, tel. 3225-3636.



VIAGEM NO TEMPO

O simples ato de degustar uma fatia de pizza também serve de convite a uma viagem pela história.

Afinal, existem duas versões para a origem da sua massa, ambas datadas de 6 mil anos atrás.

Professora do curso de Gastronomia do Centro Universitário Monte Serrat (Unimonte), Luciana Marchetti diz que a primeira remete ao Egito Antigo, onde a massa era feita de farinha e água, e consumida como se fosse um pão. Com a mesma finalidade, era preparada na Grécia com farinha, arroz ou grão-de-bico e assada em tijolos quentes.

Só que, com o tempo, a massa foi levada para a Itália, principalmente para a região sul.

"Esse é o motivo para até hoje as melhores pizzas estarem no sul do país, com destaque para Nápoles", comenta Luciana.

E foram os italianos que passaram a cobrir a massa com molho de tomate e orégano, a princípio servindo-a dobrada ao meio, como se fosse um calzone.

"Depois, eles começaram a recheá-la com muçarela, graças aocomerciante Rafaell Esposito.

Dependendo da condição social da pessoa, ainda se usavam ingredientes como a calabresa".

Detalhe: em1889, o rei Humberto I provou as pizzas que Rafaell vendia e o convidou para criar uma em homenagem à sua mulher, a rainha Margherita. "Ele desenvolveu a famosa receita com base nas cores da bandeira da Itália, e foi assim que a pizza ganhou o formato redondo que conhecemos, além de novos sabores", ressalta Luciana.

A professora arremata: "Por volta de 1950, a pizza foi trazida para o Brasil pelos imigrantes do sul da Itália. Nós acabamos dando a nossa cara a ela, pois os italianos não colocam tanto recheio como a gente, nem dispõem de borda recheada ou de uma variedade tão grande de sabores. Estudei no país e vi o quanto eles ficam horrorizados por utilizarmos ingredientes como frango e milho. Por lá, as pizzas são mais tradicionais. Normalmente elas levam muçarela, aliche, presunto cru e tomate".


SAIA DA ROTINA

A esta altura da matéria, você já deve estar morrendo de vontade de comer pizza, não é? Portanto, aproveite as dicas que apresentamos nas próximas duas páginas: são oito redondas que fogem do lugar-comum e que podem ser encontradas nas pizzarias de Santos e São Vicente, ótimas para quem quer ir além de muçarela, portuguesa, calabresa, frango com catupiri... Bom apetite!


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